A Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo, conhecida popularmente como a Catedral da Sé, existe há 62 anos. Atualmente, é vista como o referencial da Fé e da presença da Igreja Católica na capital paulista. E agora, já pode ser considerada como Patrimônio Histórico do Estado.Catedral de São Paulo torna-se Patrimônio Histórico do Estado.
O templo, que já acolheu diversos eventos históricos da vida religiosa e social, foi condecorado com o título de patrimônio da metrópole. Em 20 de junho passado, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) oficializou o tombamento da Catedral, ao lado dos monumentos do “Marco Zero” e de São José de Anchieta.
O processo para o tombamento da Catedral Metropolitana teve início há 18 anos, segundo relatou a advogada Ana Paulo Grillo, procuradora da Fundação São Paulo, que ocupa a cadeira da CNBB junto ao Condephaat, em entrevista concedida ao jornal arquidiocesano “O São Paulo”.
“O Processo de número 38971/1999 foi aberto por Lilian de Oliveira de Paiva, em 1998, por meio do Estudo de Tombamento. Lilian, à época, era uma estudante de Arquitetura, que ao realizar um trabalho acadêmico se encantou com a Catedral e identificou nela a importância de diálogo com a Cidade, junto à área em que está inserida”, disse.
Ana Paula destacou, ainda, o fator que tivera movido o Condephaat ao tombamento da Catedral, que foi “a importância histórica, cívica, política e social que o conjunto tombado desempenha, acrescida evidentemente do símbolo religioso que representa”.
A Catedral, conforme a advogada, está diretamente ligada à formação da cidade de São Paulo. “Foi já no século XVIII, com a mudança dos atos sacramentais para a Igreja da Misericórdia, que a praça da Sé começou a desempenhar uma função central da atividade social para a Cidade, o que foi intensificado ao longo dos séculos XIX e XX”, explicou.
Por sua vez, o cura da Catedral, Padre Luiz Eduardo Baronto, lembrou que a Sé de São Paulo é um referencial coletivo muito importante.
“Em primeiro lugar, um referencial religioso. Ali é a Catedral, onde está a cátedra do arcebispo, é o templo onde a Igreja Particular de São Paulo se reúne em torno do seu bispo para as grandes celebrações. É um lugar de convergência, da vida da Arquidiocese”, disse. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de São Paulo