No levantamento realizado em outubro passado pela Secretaria Nacional de Justiça, em conjunto com o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC), foi constatado que a cada cinco dias uma pessoa é vítima de tráfico no Brasil.
A CPI do tráfico de Pessoas do senado, finalizada em dezembro, listou 867 inquéritos instaurados pela Polícia federal sobre este tipo de crime nas duas últimas décadas.
O tráfico de pessoas é considerado crime, mesmo que a vítima seja conivente com a situação. A repressão é difícil, especialmente quando o destino é o exterior, porque nem sempre a vítima se dispõe ou tem a chance de delatar o algoz. A Delegada Diana Calazan Mann, da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, explica que “o fato de uma pessoa estar num país estranho, sem conhecer o idioma, aliado ao medo das autoridades, dificulta a repressão. O único elo de segurança passa a ser o explorador, a quem fica completamente à mercê, sofrendo humilhações e espancamento”.
A Ministra da Secretaria dos Direitos humanos da Presidência, Maria do Rosário, lembra que o governo desenvolve o Plano Nacional de Enfrentamento ao tráfico de Pessoas, visando qualificar o combate ao crime, mas reconhece a necessidade de maior articulação com outros países e de maior apoio às vítimas, para que elas não se tornem também aliciadoras. (JE)
fonte: Rádio Vaticano
http://pt.radiovaticana.va/bra/articolo.asp?c=657555
