Na manhã do dia 4 de abril o governo de Qianyang (Shaanxi), China, destruiu a única paróquia da cidade.
Trator destrói, policiais vigiam
Foi necessário apenas um trator para destroçar o edifício de dois andares.
Tudo foi realizado sob olhares vigilantes de um grupo de policiais, narra o padre Bernardo Cervellera, em uma nota distribuída pela AsiaNews, descrevendo a triste cena: mulheres chorando, enquanto vários fiéis olham atônitos como e realiza uma destruição.
A paróquia de Qianyang -explicou o Padre Cervellera- surgiu em uma zona muito pobre de Shaanxi e conta com 2.000 católicos, todos agricultores.
Havia sido construída com as esmolas e espórtulas provenientes de outras comunidades da diocese.
O edifício alojava, em seu piso superior, a sala destinada à liturgia; no piso inferior estavam os escritórios e a residência das religiosas, que ofereciam à população indigente ajudas sanitárias, consultas médicas e remédios.
Paróquia sem membros da Associação Patriótica dirigida por comunistas
A diocese de Fengxiang, que é dirigida desde 2017 por Dom Lucas Li Jingfeng, tem um caráter especial no panorama eclesial: é a única diocese onde nem os fiéis, nem o bispo estão inscritos na Associação Patriótica, embora tendo um escritório de Assuntos Religiosos.
Desde 2017, o bispo é Dom Pedro Li Huiyuan, de 54 años.
Alguns observadores julgam que a violência contra a paróquia seja um modo de obrigar à diocese aderir os Novos regulamentos religiosos e forçar os sacerdotes a inscrever-se na Associação patriótica.
Outros fiéis acentuam que a célula comunista que preside o governo de Qianyang está constituída por maoístas radicais, para os quais “a religião é uma fantasia que deve ser erradicada”.
Água Benta
A igreja de Qianyang é famosa na área: no passado, segundo os fiéis, na paróuia aconteceram alguns milagres com a água benta.
Desde então, muitos vão àquele lugar para receber a água benta, utilizando este sacramental como remédio físico para homens e animais e favorecendo espiritualmente os seres humanos.
Para alguns fiéis, a destruição se deve ao “medo da água benta” por parte dos maoístas. (JSG)
fonte: ACIDIgital
