O grande mufti do Egito, Shawki Ibrahim Abdel-Karim Allam, máximo líder muçulmano do país, condenou as atrocidades das milícias do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
Allam se pronunciou ao participar de um encontro internacional organizado na Bélgica pela Comunidade de Santo Egídio, o congresso “A Paz é o Futuro: Religião e Diálogo, Cem Anos Depois da Primeira Guerra Mundial”.
O líder religioso qualificou o EI como organização “corrupta e extremista”, cuja eliminação exige a cooperação internacional e multilateral. Allam declarou ainda que “o EI é um perigo para o islã” e defendeu que os milicianos sejam entregues à justiça.
Máxima autoridade muçulmana do seu país, Allam deu aulas durante muitos anos na Universidade de Al-Azhar, no Cairo. Ele foi eleito Grande Mufti do Egito em 2013. Desde 2012, o título não é mais de competência do governo, mas eletivo. Allam foi eleito pelo Conselho dos Ulemás.
“É um erro tremendo chamar esse grupo terrorista de ‘estado islâmico’, porque ele viola todos os valores islâmicos, os objetivos mais elevados da lei islâmica e os valores universais compartilhados por toda a humanidade”.
Pouco mais de um mês atrás, o EI anunciou o estabelecimento de um califado e nomeou seu líder Abu Bakr al-Bagdadi como califa, ou seja, “chefe dos muçulmanos de todas as partes” do mundo.
Depois de março de 2011, quando começou o conflito armado na Síria, foram se unindo muitos bandos armados que combatem o governo de Damasco. Esse movimento deu mais força ao grupo hoje autodenominado Estado Islâmico ou “califado”.
Organizações regionais e internacionais condenaram as atrocidades cometidas pelo EI no Iraque e na Síria e exigiram cooperação internacional para combater o grupo terrorista.
fonte: Zenit
