A revolução digital trouxe também mudanças na forma como as relações internacionais são exercidas em todo o mundo. Um dos canais essenciais para o exercício da chamada “diplomacia digital” é o Twitter.
Em 2012, ele cunhou o termo “Twiplomacy” para designar todos esses relacionamentos digitais ao redor do mundo da política externa entre os Chefes de Estado e de Governo de vários países, com contas oficiais vinculadas a seus governos, por exemplo, embaixadas, embaixadores e ministros de negócios estrangeiros. Nos últimos cinco anos, as chamados “redes virtuais” diplomáticas foram consolidadas e cresceram.
Foi em 2012 que o primeiro relatório “Twiplomacy” apareceu, um estudo que analisou o impacto digital de líderes políticos na famosa rede de microblogging. Em 2015 contabiliza-se 4.100 embaixadas e embaixadores ativos no Twitter. Em 24 de março de 2015, 193 países (86% do total) e 172 chefes de Estado e chefes de governo têm uma presença oficial no Twitter (70% do total).
O relatório “Twiplomacy 2015” (“Twiplomacy Study 2015”) fornece novos dados relevantes sobre a “diplomacia digital” mundial. Entre eles, no segundo lugar, em números absolutos no Twitter, encontra-se o Papa Francisco (20 milhões de seguidores desde 12 de abril de 2015). Obama continua a ocupar o primeiro lugar com mais de 56 milhões de seguidores. No terceiro lugar este ano, está o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, enquanto o primeiro-ministro turco Erdogan ocupa o quarto lugar, seguido pela conta da Casa Branca (ambos com 6 milhões de seguidores).
Os líderes mundiais americanos com mais seguidores são o presidente do México, Enrique Peña Nieto, seguido por Juan Manuel Santos da Colômbia; Cristina Fernandez da Argentina; do Brasil, Dilma Rousseff; e da Venezuela, Nicolas Maduro. Na África o líder absoluto é Paul Kagame, presidente de Ruanda, seguido pelos seus homólogos do Quênia e da África do Sul.
Algumas informações encontradas no estudo mostram que os países onde o Twitter tem mais usuários (e onde há mais habitantes) os representantes políticos têm mais seguidores. Durante o último ano em estudo também afirma Twiplomacy 2015 relatório, as contas que dispararam em número de seguidores são a do novo rei da Arábia Saudita e do Presidente da Ucrânia Poroshenko. Em 2016 Obama deixará de ser considerado nesta classificação visto que terminará o seu mandato como presidente dos Estados Unidos. Assim, Papa Francisco iria para o primeiro lugar como o líder absoluto em termos de númericos.
Mas na edição 2015 do estudo “Twiplomacy”, Papa Francisco se destaca como o líder mundial mais influente no Twitter. Embora Obama tenha dobrado o número de seguidores, é o Papa quem tem uma média de 9.929 retweets por tweet enviado apenas em sua conta em língua espanhola (em Inglês a média é de 7.527 retweets, também superior a média de 1.210 retweets de Barack Obama).
Além disso, a conta do Papa é algo incomum visto que o país de onde é chefe de Estado e de Governo não passa de 1.000 habitantes, é o único com contas em outras línguas e também não interage. Neste sentido, dizem os que fizeram o estudo, o “Papa Francisco nos ensina que o engajamento social na web não tem que ser uma conversa. Apesar de só transmitir, o Papa é o segundo líder mundial mais seguido, com mais de 19 milhões de seguidores em nove contas do Twitter”.
Entre as contas mais seguidas por líderes mundiais estão as Nações Unidas, o presidente Obama e a Casa Branca. Em seguida, a de Twiplomacy, do New York Times, da UNICEF e, depoi, a da agência de notícias Reuters.
Por fim, o estudo “Twiplomacy 2015” lista as contas indexadas em mais listas de usuários: Obama (211,922), Casa Branca (61,557), presidente russo Medvedev (45,671), primeiro-ministro britânico e a rainha Rania da Jordânia (mais de 20 000 listas) e o Papa, a presidente do Brasil, a presidente da Argentina e o presidente da Colômbia com mais de 10 mil contas.
