Governo argentino declara participação na Jornada Mundial da Juventude como de interesse nacional. Presidente Cristina Kirchner é convidada por Dilma Rousseff
Uma vigília dos jovens argentinos que participarão da JMJ; a declaração de que o evento no Brasil é de “interesse nacional” para a Argentina; a participação da presidente Cristina Fernández de Kirchner, a convite de Dilma Rousseff: estas notícias mostram a efervescência que a JMJ está provocando no país natal do papa Francisco.
Os jovens da arquidiocese de Buenos Aires que estarão no Rio de Janeiro entre 23 e 28 de julho farão uma vigília de oração na catedral metropolitana da capital argentina, neste próximo sábado, 29.
Durante a vigília, será celebrada a santa missa e os jovens receberão o envio como peregrinos à Jornada Mundial da Juventude. Eles também rezarão pelo papa Francisco por ocasião do “dia do papa”, comemorado na festividade de São Pedro e São Paulo.
Antes de entrar na catedral, eles receberão “a cruz que João Paulo II presenteou aos jovens e entrarão carregando-a”, informa o pe. Mario Miceli, delegado do arcebispado de Buenos Aires para a JMJ Rio 2013. A vigília de oração irá até as 3 horas da manhã. Os organizadores afirmam que ela acontece para “entrar no clima”: “Não é uma viagem ao Rio para fazer turismo, é uma peregrinação”.
A participação da delegação argentina na JMJ Rio 2013 foi declarada na Argentina como de “interesse nacional”. A declaração foi feita pela Secretaria Geral da Presidência da Nação e publicada no diário oficial do país. O secretário, Oscar Parrili, considerou que a visita do papa Francisco ao Brasil, em encontro multitudinário com os jovens de todo o mundo, é um acontecimento de “transcendência e importância”.
A resolução foi tramitada pela Pastoral da Juventude da Conferência Episcopal Argentina em fevereiro deste ano e dirigida à Secretaria de Culto. “Ficamos muito contentes porque o Estado argentino reconhece como de interesse nacional um ato religioso desta magnitude”, diz Andrea Imbroglia, da coordenação da Pastoral da Juventude da Conferência Episcopal.
A porta-voz do organismo eclesial considera que a medida, mesmo não representando nenhuma política de caráter normativo, poderá ser de benefício para muitos interessados em viajar, em especial para os voluntários. “Sabemos que ela vai facilitar algumas questões administrativas, mas desconhecemos se vai haver benefícios para todos os interessados”.
Também existe o desejo de que a JMJ seja reconhecida como de interesse educativo, para justificar a ausência de muitos estudantes universitários e alunos do ensino médio.
Quanto à participação da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, os meios de informação locais dão por certa a sua presença, a convite da presidente brasileira Dilma Rousseff.
Sergio Mora
fonte: Zenit